Experiência.
       Experiência.
       Experiência.
       Nós, os mais jovens, ouvimos essa palavra todos os dias, quase como se fosse um mantra. Você é novo(a) agora, quando for mais experiente vai entender ou Não faça isso. Quando eu tinha a sua idade, eu fiz, e me arrependi ou Você tem que fazer (insira aqui algum curso/faculdade que traga uma boa remuneração), pra ganhar a vida. Quando for mais velho, vai entender.
       A realidade é uma terra difícil para os sonhadores. O que os mais velhos não sabem - ou melhor - se esqueceram é que a única forma de você ter a tão sonhada experiência (que, convenhamos, nunca vem) é vivendo. É botando a cara a tapa e quebrando certas regras. Só se é realmente experiente que viveu, experimentou e passou por um bocado de problemas. Você não é experiente se fica a base das histórias dos outros.
        Na virada de 2014 pra 2015, eu passei com um grupo de amigos, em volta de uma fogueira, comendo salgadinho de pacote, tomando refri e escutando as histórias mais loucas. Foi uma das melhores noites da minha vida. Hoje eu sei que o horário mais frio da madrugada é entre as 3 e 4 da manhã e, se você não for acostumado, você vai acabar dormindo, independente de onde esteja, por volta das 5. Se você está deitada com a cabeça no colo de uma pessoa que você confia, dorme ainda mais rápido. Hoje eu sei que vale a pena passar o primeiro dia do ano pingando de sono, se a sua virada foi, no mínimo, espetacular.
       As vezes as experiências não são tão boas quanto a que eu contei acima. Nessa hora, temos duas escolhas: ou se traumatizar e nunca mais repetir ou tentar de novo, de forma diferente. Há alguns anos, eu provei uma pizza horrível de frango com catupiry. Eu lembro que ela tinha MUITO catupiry, muito mesmo, e eu perguntei pra minha mãe se era frango com catupiry ou catupiry com frango. Eu dei uma mordida, larguei meu pedaço e pedi pra ela me comprar um McLanche Feliz. Eu podia muito bem nunca mais experimentar pizza de frango com catupiry, mas resolvi provar de novo. Num lugar diferente, e um bom tempo depois. Quando eu provei pela segunda vez, parecia um manjar dos deuses de tão bom. Me lembro de ter comido 4 pedaços naquele dia.
        E é nisso que a nossa vida se resume: experiências. Boas, ruins, não importa. O que importa é que você viva, e mostre pra esses bundas-velhas que você tá vivendo, e vivendo bem. De bem com a vida, com o mundo e consigo mesmo.
        Você quer ser músico? Pega os teus instrumentos e aprende tudo que precisa pra ser. Quer ser escritora? Cria um blog \õ/ é a forma "mais fácil" de saber se tem talento ou não. Quer ser médico? Estuda, porque a nota de corte é alta pra caramba. Quer vender miçanga na praia? Vai em frente! O que importa é que você viva, tenha experiências suficientes pra encher um livro, ou poder chegar nos 70 e contar pros teus netos que você, mais que ninguém, viveu. Mais do que isso, ensine a eles que a vida é de cada um, e que agora é responsabilidade deles ter suas próprias experiências, memórias e histórias.
       E vamos viver nossos sonhos, porque temos tão pouco tempo!