Cara, crescer é tenso, viu? Você faz 18 anos, se forma no Ensino Médio e de repente se vê diante de um mundo inteiramente novo. Novos amigos chegam, antigos amigos vão embora e você nem percebe. O tempo passa e você descobre novos caminhos, novos lugares, novos hábitos. Se vê admirando ambientes que há bem pouco tempo atrás nem notava, e começa a dar valor para coisas que antes desprezava, como as suas horas de sono, por exemplo.
          No meio de todo esse crescimento e mundo novo e desconhecido você percebe que não tem mais tanto tempo livre assim, e tem que abrir mão de certas coisas. Não pode mais ir ao shopping toda semana, porque precisa do dinheiro pro xerox e a passagem para a faculdade. Não pode mais ir dormir depois das 3, porque tem que levantar cedo para estudar e ler páginas e mais páginas. Não tem mais tanto tempo para namorar, porque tem trabalhos, resumos, resenhas pra realizar.
          Mais ainda, descobre que precisa dar um tempo no que tanto ama: escrever.
         
          Eu nunca fui a pessoa mais pontual do mundo aqui no blog, mas nunca me esqueci dos meus leitores. Fazem 13 dias que eu não posto nada, e isso me dói. A faculdade tem tirado toda a minha inspiração e tempo.
          Não vou excluir o blog. Vou deixá-lo aqui, para que possam ler os textos mais antigos e as histórias (ainda) inacabadas. Quem sabe, durante um parágrafo e outro sobre linguística, antropologia e ciência da informação, eu não tenha uma ideia mirabolante para um texto? Se eu tiver, vocês serão os primeiros a saber.
          Eu escrevo esse texto porque sentia que devia uma explicação. Preciso que entendam que não sou mais uma daquelas pessoas que criam um blog e, alguns meses depois, o abandonam e deixam pra lá, ocupando espaços desnecessários para si, mas tão úteis para outros.
          Um dia eu volto. Nem que seja nas minhas férias, mas dou uma passada aqui para dar um oi.
          Até lá, um grande beijo!
xoxo,
L.

(Leia este texto ouvindo a versão de All of me, feita pela Diogo Piçarra aqui)
         Olha, eu tenho umas coisas pra te falar. Você sabe que sempre fui muito complicada (e você odeia isso, eu sei), e estou aqui pra fazer uma coisa que você detesta que eu faça, que é te pedir desculpas, mas lê até o final.
          Você sabe bem o quanto eu sou um amontoado de sentimentos à flor da pele, impaciência, carência e brutalidade. Você sabe que sou instável e confusa. Você me conhece, mas não desiste de mim não.
          Cuida de mim como você sempre fez. Atura as minhas frescuras e chatices, tenha paciência quando eu disser que eu não gosto de algo que você ama. Suporta o meu ciúme (as vezes) exagerado - já te disse, meu gigante, é medo de te perder. Aguenta essa barra que é gostar de mim, porque vou fazer você ver que vale a pena.
          Perdoa o drama e não desiste de mim, Dino, que eu preciso de você. Eu preciso de você quando for 3 da manhã e eu precisar que alguém me escute chorar. Preciso de você quando quiser ouvir alguém cantar uma música bonita para eu dormir. Preciso de você quando eu estiver morrendo de frio e você se oferecer para me dar a sua jaqueta. Preciso de você quando me sentir pra baixo para ouvir que sou a mulher mais linda do mundo.
          Mas, muito mais do que tudo isso, preciso de você para crescer e melhorar a cada instante. Preciso de você pra derrubar as minhas barreiras e te mostrar quem eu realmente sou. Preciso de você para me amar incondicionalmente. Preciso de você só por ser ... Você.
          Moço, perdoa o drama e não desiste de mim.
          Porque eu vou te amar mais que qualquer pessoa. Vou te abraçar e dizer que vai ficar tudo bem. Vou te comprar milkshakes e cordas para o violão. Vou olhar nos seus e dizer que sou a mulher mais sortuda do mundo por te ter. Vou ouvir as suas músicas e vou chorar, com certeza. Vou aprender o teu jogo favorito só pra fazer parte um pouco mais da sua vida. Vou ser sua melhor amiga.
          Eu não me importo mais com o que os outros dizem. Eu só quero que chegue logo o fim do ano (tu sabe pra que ♥) e os próximos anos, porque do nosso amor a gente é que sabe, pequeno. Só a gente.