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Estou aqui, esperando você
19:32
Espero você voltar do banheiro antes do filme começar, enquanto me lembrava de tudo o que falamos sexta-feira. Foi maravilhoso, não?
Nunca - tipo nunca mesmo - esperei receber tanto. Sempre aceitei o que me convinha, sem alçar voos mais altos em relação ao amor - é como diria Stephen Chbosky, "Nós recebemos o amor que achamos que merecemos". Daí surge quem?
Você.
Bagunça e amor extremo em pessoa. Carinho, dedicação, romance e gentileza personificados. Revolta e sonhos em uma pessoa só.
Você.
Lembra-se do que me disse na sexta? Tento descobrir porque você me ama tanto. Não faço nada por você.
Tudo bem que se a gente for colocar o placar em conta, deve estar uns 52 x 8 pra você, mas dessa vez o ponto o meu - você nunca esteve tão errado ao afirmar isso.
Sabe quando uma criança corta o joelho e corre pro colo da mãe, pra pedir aconchego? É tipo a gente. Eu sou a criança, você é o colo e adivinha quem é o joelho ralado? Meu coração.
Ô sujeitinho bagunceiro esse coração, não? Gosta de causar "um pouco" de confusão por onde passa. Você, com toda a paciência do mundo, pegou ele com um carinho extremo e, sendo educado, contou pra ele que isso é feio e errado - não pode ser bagunceiro (o que, convenhamos, você não pode falar nada sobre, mas ok).
E é por ter todo esse carinho e por se esforçar pra entender o meu coração e as minhas palavras que estou aqui, esperando você. Não só voltar do banheiro, mas voltar pra mim, pra minha vida.
Voltar pra deixar eu deitar no teu colo e tu fazer cafuné em mim. Voltar pra eu deitar no teu peito, derramar as minhas lágrimas e manchar tua camisa com elas. Voltar pra dizer que vai ficar tudo bem, independente do que aconteça. Voltar pra mim.
Estou aqui, esperando você voltar pra me chamar de "baixinha", "Tiga" ou qualquer outro apelido, desde que você me chame de "minha".
Estou esperando você pegar a minha bolsa enquanto sorri e diz que não vou levar peso. Espero pra dar as mãos e não mais soltar.
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