Confusão, crescimento pessoal e vida adulta
22:23Creio que esse seja o último texto onde eu vá falar sobre o meu antigo namoro. Me dirão para mudar de assunto, seguir em frente, ach...
22:23
Creio que esse seja o último texto onde eu vá falar sobre o meu antigo namoro. Me dirão para mudar de assunto, seguir em frente, achar o próximo (como se eu só fosse ser feliz se tiver um homem na minha vida [falo isso em outro texto]) e esquecer.
Falando assim, até parece que foi um peso na minha vida. Se tivesse sido tanto assim, eu não teria ficado por quase dois anos com a mesma pessoa. Não teria amado e entregado meu coração a ela. Não teria dançado ao som de "all of me" nem colocaria uma aliança com seu nome no meu dedo. Não teria aguentado as partidas de LoL nem os dias trocados pelas madrugadas de inspiração.
Pedir para esquecer um antigo amor é como falar: "Joga tudo o que viveram na lixeira. Esquece o que viveram e tudo que aprendeu. Segue como se nada tivesse acontecido". Eu não vou fazer, porque foram momentos maravilhosos e incríveis, apesar de tudo.
Só que chega um ponto onde só amor não basta. Eu não tive um relacionamento regado a dancinhas românticas e sorrisos apenas. Se fosse, estaríamos juntos até hoje. Quando você realmente tem o sonho de viver com alguém por muito, muito tempo, são necessárias características que eu não vou citar por questão de integridade das duas partes. Engraçado, nem falei como escritora agora.
Pois é, a desilusão faz isso com as pessoas. Tira o romantismo da própria vida.
Tenho escutado músicas que pessoas que me conhecem há mais tempo diriam que "não são feitas pra mim"; tenho dito coisas que horrorizam alguns indivíduos, porque jamais sonhariam que isso sairia da minha boca. Tudo porque já tem um modelo estereotipado de quem sou. Também não cito e nem julgo publicamente, a sociedade - que na verdade é composta por mim, você que lê e todos os outros indivíduos - praticamente nos obriga a ser assim.
Sempre fui uma romântica incurável, do tipo que chora com finais de filmes, independente de como sejam. Até que "surgiu" uma bola de neve na minha cabeça e não sei mais quem sou. Não sei mais do que gosto. Não sei mais o que quero.
Crescer faz isso com as pessoas. O que tínhamos 100% de certeza ontem já não nos pertence mais. Pessoas não nos pertencem mais. Momentos que deveriam ser repetidos se perdem no tempo.
Quando foi que tudo ficou tão complicado? Quando decidiram que temos que resolver a nossa vida toda de uma vez só?
Tenho perdido a inspiração para escrever. Perdido a vontade de ler. Perdido o ânimo para (quase) tudo. Tem dias onde a única coisa que quero fazer é me enfiar debaixo de um edredom e assistir How I Met Your Mother até o fim da vida. Pois é, sou o tipo de pessoa que gosta de ficar remoendo o que já passou.
Tenho me (es)forçado a sair de casa. Todos os dias acordo e penso Coisas legais acontecem com quem é legal. É isso o que tem me mantido a sanidade por esses tempos.
Durante o dia eu até fico muito bem. Sorrio para as pessoas e me acalmo com quem me estressa. Mas quando chega a noite é que tudo desaba. Não, eu não choro. Eu só fico paralisada na minha cama por quase uma hora, pensando o que fazer da vida.
Eu havia planejado minha vida por alguns anos, certa do que queria. Só que depois do término e, consequentemente, do crescimento em todas as áreas, já não sei. Pensei que a cada dia eu fosse ficar mais certa sobre o que quero, e tem acontecido o contrário.
A cada dia que passa fica pior.
Tenho um apelo a todos os adultos: por favor, POR FAVOR, parem de exigir tanto de nós. NÃO IMPORTA se a vida vai cobrar mais, deixa que a gente paga a conta. Não nos preocupe nem nos faça sofrer por antecipação. Já entendemos que a vida de adulto é dura, então parem. Já que é tão ruim, nos deixe aproveitar o que nos resta, antes que as contas e trânsito e emprego e chefe e horário e todas as "coisas de adulto" nos angula e nos transforme em zumbis. Nos deixe apreciar esses momentos que vocês mesmos nos dizem ser maravilhosos. Não estraguem os momentos mais preciosos de nossas vidas: o agora.
Falando assim, até parece que foi um peso na minha vida. Se tivesse sido tanto assim, eu não teria ficado por quase dois anos com a mesma pessoa. Não teria amado e entregado meu coração a ela. Não teria dançado ao som de "all of me" nem colocaria uma aliança com seu nome no meu dedo. Não teria aguentado as partidas de LoL nem os dias trocados pelas madrugadas de inspiração.
Pedir para esquecer um antigo amor é como falar: "Joga tudo o que viveram na lixeira. Esquece o que viveram e tudo que aprendeu. Segue como se nada tivesse acontecido". Eu não vou fazer, porque foram momentos maravilhosos e incríveis, apesar de tudo.
Só que chega um ponto onde só amor não basta. Eu não tive um relacionamento regado a dancinhas românticas e sorrisos apenas. Se fosse, estaríamos juntos até hoje. Quando você realmente tem o sonho de viver com alguém por muito, muito tempo, são necessárias características que eu não vou citar por questão de integridade das duas partes. Engraçado, nem falei como escritora agora.
Pois é, a desilusão faz isso com as pessoas. Tira o romantismo da própria vida.
Tenho escutado músicas que pessoas que me conhecem há mais tempo diriam que "não são feitas pra mim"; tenho dito coisas que horrorizam alguns indivíduos, porque jamais sonhariam que isso sairia da minha boca. Tudo porque já tem um modelo estereotipado de quem sou. Também não cito e nem julgo publicamente, a sociedade - que na verdade é composta por mim, você que lê e todos os outros indivíduos - praticamente nos obriga a ser assim.
Sempre fui uma romântica incurável, do tipo que chora com finais de filmes, independente de como sejam. Até que "surgiu" uma bola de neve na minha cabeça e não sei mais quem sou. Não sei mais do que gosto. Não sei mais o que quero.
Crescer faz isso com as pessoas. O que tínhamos 100% de certeza ontem já não nos pertence mais. Pessoas não nos pertencem mais. Momentos que deveriam ser repetidos se perdem no tempo.
Quando foi que tudo ficou tão complicado? Quando decidiram que temos que resolver a nossa vida toda de uma vez só?
Tenho perdido a inspiração para escrever. Perdido a vontade de ler. Perdido o ânimo para (quase) tudo. Tem dias onde a única coisa que quero fazer é me enfiar debaixo de um edredom e assistir How I Met Your Mother até o fim da vida. Pois é, sou o tipo de pessoa que gosta de ficar remoendo o que já passou.
Tenho me (es)forçado a sair de casa. Todos os dias acordo e penso Coisas legais acontecem com quem é legal. É isso o que tem me mantido a sanidade por esses tempos.
Durante o dia eu até fico muito bem. Sorrio para as pessoas e me acalmo com quem me estressa. Mas quando chega a noite é que tudo desaba. Não, eu não choro. Eu só fico paralisada na minha cama por quase uma hora, pensando o que fazer da vida.
Eu havia planejado minha vida por alguns anos, certa do que queria. Só que depois do término e, consequentemente, do crescimento em todas as áreas, já não sei. Pensei que a cada dia eu fosse ficar mais certa sobre o que quero, e tem acontecido o contrário.
A cada dia que passa fica pior.
Tenho um apelo a todos os adultos: por favor, POR FAVOR, parem de exigir tanto de nós. NÃO IMPORTA se a vida vai cobrar mais, deixa que a gente paga a conta. Não nos preocupe nem nos faça sofrer por antecipação. Já entendemos que a vida de adulto é dura, então parem. Já que é tão ruim, nos deixe aproveitar o que nos resta, antes que as contas e trânsito e emprego e chefe e horário e todas as "coisas de adulto" nos angula e nos transforme em zumbis. Nos deixe apreciar esses momentos que vocês mesmos nos dizem ser maravilhosos. Não estraguem os momentos mais preciosos de nossas vidas: o agora.